sábado, 7 de maio de 2011

Amar em silêncio



Existe uma canção que precisa ser cantada. Um grito que precisa ser dado. Um “Te Amo, porra!” que precisa ser explícito. Palavras têm vida dentro de mim, percorrem por todo meu corpo e chegam ao meu coração em disparada, mas morrem com tua indiferença, com a tua falta de ‘percepção’, com tua ausência de atitude, morrem quando você diz ‘como é bom te ter como amiga’...
“Amiga”? Eu quero mais que isso! Quero te oferecer mais que um ombro amigo, quero chorar contigo, rir, te chamar de ‘meu amor’, te fazer cafuné, ver o pôr-do-sol ao teu lado, dormir e acordar contigo, te abraçar, acariciar, brigar, reconciliar... Por que não entende isso? É tão difícil?

Que droga!

Vou precisar mesmo recorrer a declarações explícitas? Não vê que isso me expõe demais? Que é arriscado e me torna frágil? Que me torna mais insegura do que já sou!?
Por favor! Não torne as coisas mais difíceis do que elas já são... Eu te amo e sei que é recíproco. Mas ficar nesse jogo de fingimento, de aparências, nesse jogo que dói, que oprime não tá com nada. Ambas as partes só perdem. Não vê que basta uma palavra tua, um ato, gesto e tudo muda? Tão simples...

Os meus olhos te dizem: “Vem comigo, vem sem medo de se arrepender. Deixa o amor acontecer.” E os teus também. São transparentes.

Só sei dizer que estou a ponto de explodir com tudo isso aqui dentro. Que esse ‘jogo’ de amar e saber que é amado, mas que não há nada de concreto, sólido e palpável ‘nisso’ tudo me mata a cada dia. Amar em silêncio não é pra mim. Espero, sinceramente, que não seja pra você também.