terça-feira, 30 de maio de 2017

Tudo o que você não sabe...

PÕE P/ TOCAR A FAIXA 17 NA PLAYLIST AO LADO -->

Nem adianta buscar nas fotos, e-mails, cartas... Os detalhes não estão lá. Nem pistas. Eu fui. Simplesmente fui. Ou você me deixou ir?! Os dois! Agora você busca respostas para perguntas que eram notórias e só você não percebia.

~ Já são quase 365 dias...


Soube que você deixou a barba crescer. Que o cabelo está sem corte definido. Soube também do Foo Fighters, U2, Radiohead, Keane... que todo sábado tocam as 17:00hs no último volume. Anda tentando entender o presente através das letras das nossas bandas favoritas? Ou é uma tentativa de suicídio à conta-gotas?

Lembra o quão felizes éramos quando dançávamos juntos CREEP - Radiohead? E como eu ficava boba quando você tocava e cantava para mim (olhando profundo nos meus olhos parecendo que ia despir a minha alma), a música do Big Star - I'M IN LOVE WITH A GIRL? Eu me sentia única. Eram os melhores fins de tarde de sábado da minha vida. Das nossas!


~ Já são quase 17:00hs do dia 27 de maio de 2017 (SÁBADO)


E cá estou numa varanda qualquer esperando o nosso por do sol. Quilômetros de distancia nos separam nesse momento, mas ainda me sinto parte da gente. Droga!
Isso você não sabe. Ninguém sabe. E eu fiz questão que fosse assim. Ainda mais depois de tudo que ouvi de você. Peguei minhas coisas (tudo que foi possível caber em duas malas), meu passaporte e, sem deixar nenhum vestígio, vim parar em outro país.

Várias mensagens na caixa de entrada. SMS. Ligações. Nenhuma resposta minha. Claro! Naquela noite mesmo, saindo com duas malas na mão e uma tristeza imensa no peito, tomei uma dose de um remédio chamado amargura e orgulho, na tentativa de me curar daquelas palavras emitidas em minha direção que mais pareciam punhaladas de tanto que doeram.


- Você é a culpada! Estou cansado de tanto desgaste emocional.
- Se eu sou a culpada de tudo, então não tem porque eu ainda estar aqui. Estou indo...
- Vá!


Amanhã completa um ano. Que não me sinto mais única. Sem a alma despida. Que as nossas músicas não são mais as mesmas. Os últimos meses têm sido difíceis. O tal remédio acabou. Só sobraram os efeitos colaterais: saudade, saudade, saudade. E isso ninguém sabe também. Nem você. Assim como a passagem comprada de volta pra casa. Com hora e data marcadas. Tô voltando. Sem a mínima noção do que me espera. Mas com a certeza de que não há nada a perder além de tudo que já foi perdido.

~ Tá tocando SAY IT TO ME NOW do GLEN HANSARD nesse momento...

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Remember...


Carta aberta...

Um dia de faxina qualquer... E foi revirando as coisas do meu quarto que eu te achei, depois de quase exatos dois anos. Sua 'maldita' lembrança! Tenho agora em mãos notas, bilhetes, cartas, fotos e um livro que eu já nem lembrava da existência (ganhei de você, lembra?). Tenso.
Me recordo bem o motivo pelo qual deixei de lê-lo (livro): automaticamente você sempre me vinha à memória. E naquela época isso me deixava nostálgica (para não dizer depressiva). 
Por coincidência a mesma coisa aconteceu quando eu fui à locadora outro dia desses aí... (é, eu ainda sou dessas que adora ir à locadoras e me sentir, praticamente, dentro de Hollywood. Nada de tevê a cabo). Me deparei com a mesma história (a do livro que nunca terminei de ler), agora em forma de DVD (Mais uma daquelas transformações idiotas que quase nunca dão certo: livros que originam longa-metragens).
Seria isso uma perseguição? Eu hein... Mas lá mesmo ele ficou. Na prateleira. Intacto (por mim).

... E eu logo mudaria de opinião. Com relação ao filme, ao livro e principalmente ao fato de que coincidências realmente existem e o tempo (Ahh, o tempo), este nunca falha.

Pois bem... É impressionante como o tempo tem o poder de mudar certas coisas (momentos, pessoas, sentimentos...), e preservar também. Como ele transforma ódio em amor; mágoas e dores em esquecimento; como ele preserva momentos lindos já vividos num passado que de tão bom, nunca caiu no esquecimento. É isso que sinto hoje, querido. Diferentemente de tempos atrás, em que eu fazia das suas 'lembranças', das nossas lembranças, um mero acaso. 
Queria que soubesse que hoje criei coragem. Trouxe para casa o tal filme intacto (por mim) da prateleira da locadora. Assisti. E contradizendo a minha opinião sobre livros que originam filmes, eu digo com todas as letras: "Que história linda! Filme perfeito!". Já valeu a pena mesmo ainda não tendo terminado de ler o livro.
O tempo mudou muita coisa em mim. Outras nem tanto. Continuo atrapalhada, qualquer coisa me faz sorrir por mais simples que seja, sempre deixo as coisas pra 'última hora', ainda me atrapalho pra abrir embalagens, descobri que amo o português, ainda quero ir ao Canadá, ainda sonho em ter um casal de filhos, já sei dirigir, continuo com a mania de beber muita coca-cola... Enfim, muitas coisas.
Em especial uma: voltei a ler o livro que você me deu. E deixo aqui um dos trechos lindos que ele possui:

"Um cão não se importa se você é rico ou pobre... Dê a ele o seu coração e terá o dele. De quantas pessoas você pode dizer isso? Quantas pessoas o fazem sentir-se único, puro e especial? Quantas pessoas o fazem sentir-se extraordinário?"


Beijos 

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Mundo particular



Acabo de parar o tempo. São 16:39. Muita chuva e frio. Nada de horário de verão. Aliás, esse negócio de horário de verão dá impressão de uma vida falsa. Chato isso. 
Estou sozinha. Literalmente e todos os outros sentidos que essa palavra possa possuir. E a sensação que isso dá é que posso fazer o que eu quiser que ninguém se importará. Falar, gritar, cantar, chorar, sorrir, pensar, lembrar, fazer planos, sonhar... O meu mundo. Particular. Eu mesma o criei. Pro meu próprio bem. E vou logo dizendo que estas não são características de uma pessoa depressiva, que adora a solidão. Pelo contrário.
Você não tem seu mundo particular? Hum... se não tem isso é grave! O meu mundo tem me ajudado a descobrir quem eu sou de verdade, do que gosto, do que quero... Aprendi a me amar primeiro, me sinto dona de uma força capaz de destruir gigantes, deixei de ser menina e hoje sou mulher...
Junto a essas mudanças vieram importantes decisões. Decidi falar mais e continuar ouvindo bastante; Amar além dos meus limites (o próximo); Reforcei a certeza de não medir esforços pra continuar servindo a Deus; Ir atrás de pessoas que não dão a mínima pro que eu sinto, expresso e faço já não faz mais parte das minhas atitudes; Esperar em Deus o grande amor da minha vida, o futuro pai dos meus filhos (Não foi dessa vez que deixei de acreditar no amor e nos meus sonhos, ok!?); Decidi parar de sofrer  por quem não merece ("Cansei de encontrar saídas, vê você mudando de sonhos e mexer na minha vida. Não mudo mais os meus sonhos pra ficar na sua vida" - Ana Carolina).
Mundinho meu e que não abro mão. Falo o que penso e sinto. Escrevo sobre mim sem me importar com o que as pessoas vão pensar ou dizer. Pouco me importa. Não se assuste. Essa sou eu. E esse é o meu particular mundo. Prazer.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Antônimos

Aprender a pôr o SIM e o NÃO no lugar e tempo certos é tarefa árdua. São os antônimos mais presentes na vida de qualquer pessoa. Principalmente nos indecisos. Como eu, por exemplo!? Ou como você!?
É como naquele momento da partida, em que você pega o trem das 17:00 (no mesmo horário do nosso pôr-do-sol), e me diz um SIM, me convidando pra embarcar contigo naquela "loucura". Um 'sim' pra um amor sem regras, sem dependências. Sim para a liberdade, para o "desvendar" de um mundo inteiro ao teu lado, para manhãs com "Bom dia!" só nossos... Mas eu com a minha razão, meu medo e minha indecisão, te disse um Não! Não, porque eu ainda julgava tudo "aquilo" cedo demais pra nós dois; porque eu ainda tinha muitas coisas à serem conquistadas; tinha um futuro pra alcançar...

Me perdoa!?

Meu coração partia ao ver em teu olhar todas aquelas propostas de um futuro bom, arriscado - é verdade -, mas lindo, e não poder corresponder à altura. Na verdade, grande parte de mim queria pular naquele trem em movimento e, outra minúscula, me pedia pra ficar e ser sensato. 
(E teu olhar ficava cada vez mais distante do alcance do meu...)

Me perdoa por eu ser um covarde?!

Sei que vou arcar com as consequências pro resto da vida. Sei também que não tenho direito algum de te pedir pra esperar por mim. Afinal, a culpa disso tudo é minha.
Talvez eu realmente não te mereça. Talvez eu nunca tenha sido o suficiente pra você, querida. Talvez, todo o universo esteja com a razão: sou mesmo um covarde e você sempre foi "muita areia pro meu caminhão."

Me espera, por favor!?

Eu Te Amo! Mas é como se eu precisasse desvendar diversas coisas em mim e no mundo, antes de cair no infinito com você. Sei que é difícil, mas...

Me entende, por favor!?

Nós dois sempre fomos 'antônimos'. Você sempre foi mais o meu SIM e eu mais o seu NÃO. Me diz SIM?! Prometo que será o meu último pedido, querida!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Tudo diferente

É engraçado, mas eu não consigo te olhar nos olhos. Logo eu que prezo tanto por isso. O pior é que essa minha reação à tua ação transmite muita coisa. E tu parece entender todas as respostas que eu solto sem querer, porque insiste em me fulminar com esse teu olhar avassalador. Mas quer saber? Eu curto muito isso! Fazia um bom tempo que eu não me sentia assim, tão VIVA! E não é que os ‘outros’ estivessem com problemas visuais. Eu que não dava a importância necessária a eles. Mas contigo é diferente. Teu jeito, abraço, sorriso, como me tratas, como trata os outros a tua volta, as ‘mensagens’ subliminares que manda pra mim cheias de segundas, terceiras e quartas intenções, as mensagens na minha caixa de entrada...

Sabe quando a química, física, matemática e todas as demais matérias rolam? Pois é... Há um feedback intenso entre nós. E aquele trecho da música Tudo diferente da Maria Gadú? Pois é,  se encaixa perfeitamente a essa situação: “não sei, mas sinto uma força que embala tudo.”

Verdade seja dita: a gente se parece muito!

Todas aquelas vontades ressurgiram. Alguém pra chamar de “meu amor”, pra fazer cafuné, chorar junto, sorrir, alguém pra abraçar, brigar/reconciliar. Eu estou com vontade de fazer tudo isso contigo! E tu? Ah, eu sei que tu também! Eu sinto. Quando tu fala comigo num olhar, abraço, carinho... Decodifico todos os sinais emitidos perfeitamente.

Gosto de pensar que começo a gostar de pensar em você. Ainda na música da Maria Gadú, termino dizendo: “Todos os caminhos trilham pra gente se ver. Todas as trilhas caminham pra gente se achar, né?”

sábado, 7 de maio de 2011

Amar em silêncio



Existe uma canção que precisa ser cantada. Um grito que precisa ser dado. Um “Te Amo, porra!” que precisa ser explícito. Palavras têm vida dentro de mim, percorrem por todo meu corpo e chegam ao meu coração em disparada, mas morrem com tua indiferença, com a tua falta de ‘percepção’, com tua ausência de atitude, morrem quando você diz ‘como é bom te ter como amiga’...
“Amiga”? Eu quero mais que isso! Quero te oferecer mais que um ombro amigo, quero chorar contigo, rir, te chamar de ‘meu amor’, te fazer cafuné, ver o pôr-do-sol ao teu lado, dormir e acordar contigo, te abraçar, acariciar, brigar, reconciliar... Por que não entende isso? É tão difícil?

Que droga!

Vou precisar mesmo recorrer a declarações explícitas? Não vê que isso me expõe demais? Que é arriscado e me torna frágil? Que me torna mais insegura do que já sou!?
Por favor! Não torne as coisas mais difíceis do que elas já são... Eu te amo e sei que é recíproco. Mas ficar nesse jogo de fingimento, de aparências, nesse jogo que dói, que oprime não tá com nada. Ambas as partes só perdem. Não vê que basta uma palavra tua, um ato, gesto e tudo muda? Tão simples...

Os meus olhos te dizem: “Vem comigo, vem sem medo de se arrepender. Deixa o amor acontecer.” E os teus também. São transparentes.

Só sei dizer que estou a ponto de explodir com tudo isso aqui dentro. Que esse ‘jogo’ de amar e saber que é amado, mas que não há nada de concreto, sólido e palpável ‘nisso’ tudo me mata a cada dia. Amar em silêncio não é pra mim. Espero, sinceramente, que não seja pra você também.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Depois do fim



Ela amava ele. Ele amava ela. Era o que eles declaravam. Era o que transparecia. Era um amor nítido na forma em que se olhavam, que se tocavam, que falavam um do outro. Quem conhecia os dois só falava uma coisa: casal perfeito. Todos ansiavam em ter a mesma sorte que eles: o príncipe e a mulher dos sonhos.

Os dois juntos eram ricos em detalhes/qualidades. Ele admirava a forma como ela colocava a franja por detrás da orelha, era fã da covinha que aparecia no canto dos lábios a cada sorriso brilhante que ela dava, amava o jeito ‘todo educadinho’ com que ela se portava... Ela era louca pelo abraço dele, pelo jeito como coçava a barba mal feita, adorava quando ele dava uma de cavalheiro e abria a porta do carro pra ela entrar...

Aí, você deve tá se perguntando: “Nossa... e os defeitos?”

Bom, brigas eles tinham... como qualquer casal ‘normal’.  De uns tempos pra cá até rotineiras... Implicavam um com o outro por qualquer bobagem. Ela dizia que ele já não era mais o mesmo. Ele idem. Ele dizia que ela implicava muito com seus amigos. Ela resmungava. Ela cobrava atenção. Ele achava que dava... Quando isso tudo surgiu? Como? Bem, vai ver que foi o lance da rotina. Destruidora de lares. Que desgastou a magia, o amor, o relacionamento dos dois...

 E desgastou mesmo! O fim tão negado, mas já esperado pelos dois chegou. O chão faltou. Ela perdeu rapidamente diversos números em seu manequim, se isolou do mundo... Los Hermanos, John Kip, Cássia Eller, Djavan e Michael Bublé passaram a ser a trilha sonora de todos os seus dias. Em meio às lágrimas e soluços, sempre pegava o celular e discava o número gravado em sua mente há tanto tempo... Discava, discava, discava... até que um dia ligou. Ele? Rejeitou ela com todo um discurso pré-pronto de que não via mais como eles darem certo e blá, blá, blá... Jogava a culpa nela o tempo todo. Que foi ela que quis pôr um fim em tudo. Ele poderia até está sofrendo, mas fazia questão de não demonstrar. Era a tal da autodefesa.

Homens adoram que sofram por eles. Ainda mais quando têm a plena certeza de que lágrimas estão sendo derramadas pela sua ausência.

Agora ficam perguntas: como pode um relacionamento tão lindo ter um fim tão drástico? Por que o ‘depois do fim’ de relacionamentos sempre é assim: um com mágoa e rancor do outro? Tudo bem chegou ao fim... mas e tudo que viveram juntos não valeu de nada? A amizade não conta?


(Flávia)